As urnas eletrônicas foram introduzidas no Brasil em 1996, mas começaram a ser utilizadas em todo o território nacional em 2000. Antes disso, o sistema usado para registrar e contabilizar os votos nas eleições era outro, as votações eram organizadas e controladas por chefes políticos locais, sendo validadas depois pelo Congresso Nacional. Apesar do avanço, o sistema atual ainda causa dúvidas e desconfianças para eleitores e parlamentares.
Após a reeleição de Dilma Roussef, em 2014, por exemplo, em um resultado acirrado entre a ex-presidente e Aécio Neves (PSDB), o então candidato pediu auditoria do sistema das urnas eletrônicas, mas não encontrou fraude.
Em 2015, a reforma eleitoral aprovou o voto impresso, um projeto patrocinado por Jair Bolsonaro (PSL) que, em junho desse ano, foi barrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu a medida como inconstitucional, pois poderia afetar o sigilo do voto.
O sistema eletrônico é formado por um hardware (parte física) e um software (parte virtual) e possui dois terminais: o do mesário e do eleitor. Utiliza tecnologias de criptografia com o fim de impedir fraudes no sistema, protegendo uma série de dados. O sistema gera assinaturas digitais que protegem os dados de candidatos, de votação e os resultados. Outra forma de proteção utilizada está na sua limitação de conexão. A urna fica ligada apenas à energia elétrica, e não é ligada à internet ou outros computadores.
Para garantir o voto seguro, não é possível vincular um eleitor ao seu voto, cada voto é gravado aleatoriamente e não pela ordem em que foi digitado. Desse modo, é possível evitar o voto de cabresto, por exemplo.
Nesse ano de eleições, as redes sociais afirmaram-se como um papel extremamente importante para difundir ideias, e alguns candidatos apostam fortemente nisso. Mas para além das candidaturas, um debate que vem se intensificando entre os usuários é a insegurança quanto ao processo eleitoral.
Segundo o FGV-DAPP, entre os dias 19 de agosto e 18 de setembro, o tema mobilizou 841.800 menções no Twitter. De acordo com o centro de estudos, os debates foram polarizados entre quem questionava o processo eleitoral sem a participação do ex-presidente Lula como candidato, e a outra parte questionava a confiabilidade das urnas eletrônicas e de todo o processo devido a probabilidade de fraude levantada pelo candidato Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao EL PAÍS, Giuseppe Janino explicou que são realizados testes públicos que servem para que cidadãos apontem fragilidades e reforcem a segurança das urnas. O secretário de Tecnologia da Informação de TSE também falou sobre outros diversos procedimentos que garantem a segurança do sistema. Seis meses antes do pleito, os partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público são convocados para acompanhar o desenvolvimento dos sistemas eleitorais. Depois, o sistema é lacrado e é criptografado para garantir que o conteúdo contido no software que será instalado nas urnas não seja alterado. No dia da votação a Justiça Eleitoral também realiza uma auditoria de funcionamento das urnas em um evento aberto ao público, que também é supervisionado por partidos e autoridades.
Com o advento da internet, principalmente a partir de sua popularização nos anos 2010, os crimes cibernéticos tiveram uma alta. Visto isso, é importante contar com profissionais aptos a te auxiliar de acordo com as leis e normas vigentes. Com o objetivo prestar assistência de qualidade e eficiência solicite uma consulta online conosco.
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